terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As Conjunções Coordenadas (ou Coordenativas)

De forma geral, entendemos a conjunção como o elemento que liga orações ou, dentro de uma mesma oração, termos que tenham o mesmo valor ou função. As conjunções coordenativas, de forma específica, ligam palavras ou orações de mesmo valor ou função sintática independentes entre si, isto é, que não precisam umas das outras para existir já que não fazem parte uma da outra.

Quando lemos "As meninas crescem, amadurecem e saem de casa." estamos diante de três informações:

[1ª] As meninas crescem.

[2ª] As meninas amadurecem.

[3ª] As meninas saem de casa.
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São três informações independentes, livres umas das outras (tanto no significado quanto na forma sintática - possuem sujeito, predicado, etc) que estão apenas ligadas por um conector de adição (pois adiciona ideia de somar, acrescentar).

Outro Exemplo:

“Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”
(A conjunção ligou os termos Cautela e Caldo de galinha, termos de mesma função sintática)

Outro:


“Ele estava na rua e assistiu a tudo.”
(A conjunção ligou duas orações que possuiam, nesse caso, o mesmo sujeito - ele)

De novo:

"Saí porque deu vontade."
(A conjunção porque ligou as orações "Saí" e "Deu vontade")

Importante: Quando dois ou mais vocábulos com valor de apenas uma conjunção se agrupam, denominamos locução conjuntiva ou conjuncional. (não só/ mas também, por isso, etc)

Tipos de Conjunções Coordenadas e seus valores semânticos


Primeiro de tudo, é valido salientar o que é esse "raio" de valor semântico que a professora tanto fala. Ora! Tudo que tem a ver com semântica é, na verdade, relativo ao significado, visto que na língua portuguesa, semântica é a área responsável pelo estudo dos significados das palavras, das expressões, dos enunciados, etc. Quando falamos em valores semãnticos de conjunções, estamos falando do significado que elas atribuem quando colocadas onde é necessário. Quando sentenciamos "Cheguei atrasado porque o trânsito estava terrível", utilizamos a conjunção "porque" para realizar uma explicação. Seu valor semântico, portanto, é explicativo. Dessa forma, classificamos as conjunções coordenadas ou coordenativas em cinco tipos possíveis:


Aditivas: servem para ligar dois termos ou duas orações de mesmo valor sintático, estabelecendo entre eles uma ideia de adição, de acréscimo, de somatório. São elas: e, nem (= e não), que, não só... mas também. Exemplo: Ele não respondeu minhas cartas, nem meus telefonemas.

Adversativas: ligam dois termos ou orações, estabelecendo entre eles uma relação de oposição, contraste, ressalva. São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, e (com valor de mas). Exemplo: A mulher chamou imediatamente o médico, mas ele não veio.

Dica: Lembre-se que adversário é aquele que sempre joga em um time contrário, oposto ao seu. Em analogia, as conjunções adversativas representam ideias que não jogam juntas, jogam de forma oposta, contrária.

Alternativas: ligam palavras ou orações, estabelecendo entre elas uma relação de alternância ou exclusão. São elas: ou, ou ... ou, já ... já, ora ... ora, quer ... quer. Exemplo: O mecânico ora desparafusava o motor do carro, ora juntava outras peças espalhadas pelo chão.

Conclusivas: introduzem uma oração que exprime conclusão em relação ao que se afirmou anteriormente. São elas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim... Exemplo: Meu irmão estudou muito o ano inteiro, por isso passou direto em tudo.

Explicativas: ligam duas orações de modo que uma das orações justifica ou explica o que foi ou será dito. São elas: que, porque, porquanto... Exemplo: Vá rápido, porque está começando a chover.

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Valeu, portuga!!!

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