quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Frase, Oração e Período

Portuga, taí um assunto fácil que causa bastante confusão. Na hora de diferenciá-los, é preciso atenção! Na comunicação, expressamo-nos através de uma frase, de uma oração ou de um período. Vejamos as diferenças abaixo:
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É Frase....

Toda palavra ou conjunto de palavras que constitui/constituem um enunciado de sentido completo. As frases podem ser verbais (quando possuem verbo ou locução verbal) ou nominais quando o sentido está centrado em um nome. um dica boa é que as frases terminam em pontos-finais, de interrogação ou exclamação.
Exemplos?

Que dia lindo! (nominal)
Silêncio! (nominal)
Lombada na pista. (nominal)

Recebeu a noticia assustado. (verbal)
Ajeitou o vestido no corpo. (verbal)
Correu do perigo. (verbal)
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É Oração...
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Enunciado constituído com um verbo ou uma locução verbal.
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Exemplo?
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Espera, menino!
Os candidatos apresentaram-se, hoje, na televisão.
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É Período...
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O período é constituído por uma ou mais orações. O período que possui apenas uma oração (oração absoluta) é chamado de período simples, e o período que possui mais de uma oração é chamado de período composto. O período também se encerra no ponto-final, de interrogação ou de exclamação.
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Observe:
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O avião sobrevoou a pista. (1 verbo - 1 oração, período simples)
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Percebeu que estava atrasado. (2 verbos - 2 orações, período composto)
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"As coisas trazem a marca de sua existência." (1 verbo - 1 oração, período simples)
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"Abrace sua loucura antes que seja tarde." (2 verbos - 2 orações, período composto)
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"Em luta, meu ser se parte em dois. Um que foge, outro que aceita."
____________1º período -> simples _______________ 2º período -> composto por 2 orações
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Até a próxima carona... ;]

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

As Conjunções Coordenadas (ou Coordenativas)

De forma geral, entendemos a conjunção como o elemento que liga orações ou, dentro de uma mesma oração, termos que tenham o mesmo valor ou função. As conjunções coordenativas, de forma específica, ligam palavras ou orações de mesmo valor ou função sintática independentes entre si, isto é, que não precisam umas das outras para existir já que não fazem parte uma da outra.

Quando lemos "As meninas crescem, amadurecem e saem de casa." estamos diante de três informações:

[1ª] As meninas crescem.

[2ª] As meninas amadurecem.

[3ª] As meninas saem de casa.
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São três informações independentes, livres umas das outras (tanto no significado quanto na forma sintática - possuem sujeito, predicado, etc) que estão apenas ligadas por um conector de adição (pois adiciona ideia de somar, acrescentar).

Outro Exemplo:

“Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”
(A conjunção ligou os termos Cautela e Caldo de galinha, termos de mesma função sintática)

Outro:


“Ele estava na rua e assistiu a tudo.”
(A conjunção ligou duas orações que possuiam, nesse caso, o mesmo sujeito - ele)

De novo:

"Saí porque deu vontade."
(A conjunção porque ligou as orações "Saí" e "Deu vontade")

Importante: Quando dois ou mais vocábulos com valor de apenas uma conjunção se agrupam, denominamos locução conjuntiva ou conjuncional. (não só/ mas também, por isso, etc)

Tipos de Conjunções Coordenadas e seus valores semânticos


Primeiro de tudo, é valido salientar o que é esse "raio" de valor semântico que a professora tanto fala. Ora! Tudo que tem a ver com semântica é, na verdade, relativo ao significado, visto que na língua portuguesa, semântica é a área responsável pelo estudo dos significados das palavras, das expressões, dos enunciados, etc. Quando falamos em valores semãnticos de conjunções, estamos falando do significado que elas atribuem quando colocadas onde é necessário. Quando sentenciamos "Cheguei atrasado porque o trânsito estava terrível", utilizamos a conjunção "porque" para realizar uma explicação. Seu valor semântico, portanto, é explicativo. Dessa forma, classificamos as conjunções coordenadas ou coordenativas em cinco tipos possíveis:


Aditivas: servem para ligar dois termos ou duas orações de mesmo valor sintático, estabelecendo entre eles uma ideia de adição, de acréscimo, de somatório. São elas: e, nem (= e não), que, não só... mas também. Exemplo: Ele não respondeu minhas cartas, nem meus telefonemas.

Adversativas: ligam dois termos ou orações, estabelecendo entre eles uma relação de oposição, contraste, ressalva. São elas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, e (com valor de mas). Exemplo: A mulher chamou imediatamente o médico, mas ele não veio.

Dica: Lembre-se que adversário é aquele que sempre joga em um time contrário, oposto ao seu. Em analogia, as conjunções adversativas representam ideias que não jogam juntas, jogam de forma oposta, contrária.

Alternativas: ligam palavras ou orações, estabelecendo entre elas uma relação de alternância ou exclusão. São elas: ou, ou ... ou, já ... já, ora ... ora, quer ... quer. Exemplo: O mecânico ora desparafusava o motor do carro, ora juntava outras peças espalhadas pelo chão.

Conclusivas: introduzem uma oração que exprime conclusão em relação ao que se afirmou anteriormente. São elas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim... Exemplo: Meu irmão estudou muito o ano inteiro, por isso passou direto em tudo.

Explicativas: ligam duas orações de modo que uma das orações justifica ou explica o que foi ou será dito. São elas: que, porque, porquanto... Exemplo: Vá rápido, porque está começando a chover.

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Valeu, portuga!!!

Coordenação

C-o-o-r-d-e-n-a-ç-ã-o?

Ora! Na escola, quando pensamos em coordenação, pensamos logo na coordenadora, aquela pessoinha que sempre vem na sala dar bronca e que também é responsável por várias outras atividades escolares.

Na língua portuguesa, a coordenação é um fenômeno parecido com a atividade que essa pessoinha realiza (esqueçam nesse momento a questão das broncas). Coordenação aqui é o resultado do ato de "coordenar elementos". Nesse sentido, é como dizer "ordenar elementos" ou "organizar em ordem".

Assim como a coordenadora da escola coordena os professores, os alunos e os inspetores, as conjunções coordenativas coordenam termos de mesma função e até mesmo orações sintaticamente inteiras (quero dizer: completas, independentes - com sujeito, predicado, objetos, etc).


Vejamos o que os gramáticos dizem a respeito da coordenação:

Segundo Kury (2002), “se todas as orações de um período são independentes, isto é, têm sentido em si mesmas, e poderiam, por isso, constituir cada uma um período, diz-se que o período é composto por COORDENAÇÃO. Exemplo: “Aqui estou, aqui vivo, aqui morrerei”

Para Celso Luft (1978), “período composto por COORDENAÇÃO: só tem orações independentes” Exemplo: “As saudades me convidam, os suspiros me põem a mesa.” (Quando Celso diz "independentes", ele quer dizer que as orações não dependem umas das outras, podem existir sintaticamente de forma isolada)

Rocha Lima (1998) defende que “A comunicação de um pensamento em sua integridade, pela sucessão de orações independentes – eis o que constituí o período composto por COORDENAÇÃO”

Em Cunha & Cintra (1985) notamos que em “As horas passam, os homens caem, a poesia fica” vemos que as três orações são da mesma natureza, pois: a) são autônomas, INDEPENDENTES, isto é, cada uma tem sentido próprio; b) não racionam como termos de outra orarão, nem a eles se aferem: apenas, uma pode enriquecer a com o seu sentido a totalidade da outra. A tais orações autônomas dá-se o nome de COORDENADAS e o período formado por elas se diz período composto por coordenação.

Bechara (1987) afirma que "Chama-se coordenação a seqüência de orações em que uma não exerce função sintática de outra. Exemplo: — Ouve e obedece aos teus superiores."

Pescou? Então até a próxima carona!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Regência Nominal

O que é?

Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece entre um nome e um termo por ele regido.

Veja os exemplos abaixo:


A mãe tem amor por seu filho. ~> termo regido

A mãe tem amor ao seu filho.~> termo regido

A mãe tem amor pelo seu filho. ~> termo regido

Notamos que nas três orações há termos que se completam numa relação de dependência. Nesse caso, essa dependência é chamada de regência nominal, já que faz referência a nomes nesse contexto. A palavra “amor”, pede complemento, afinal, sentimos amor "por alguém" ou "à alguém", por exemplo. Por isso, dizemos que "amor", nas frases acima, é um termo que está em busca de sua complementação. Dizemos que ele é regente, pois é ele que dita "as regras do jogo", ele é quem escolhe o tipo de complemento com quem "quer fazer parceria". Já os termos sublinhados completam o sentido do termo regente, sendo assim chamados de termos regidos, visto que são "escolhidos pelo termo regente".

Há nomes que admitem mais de uma preposição na regência. Confira, a seguir, alguns deles.


Acesso ~> a, para

Este caminho dá acesso à rodovia. / O acesso para a região dos lagos está difícil.

Acostumado ~> a, com

O pai estava acostumado a ouvi-lo./ Ficou acostumado com o barulho da rua.

Adaptado ~> a

O empregado não está adaptado a estas mudanças.

Afável ~> com, para com

Mostrou-se afável com o inspetor./ Tinha um jeito afável para corri as visitas.

Aflito ~> com, por

Continuo aflito com sua demora. / O cliente estava aflito por saber o diagnóstico.

Agradável ~> a, de

Sua saída não foi agradável à equipe./ Era agradável de se ver os dois juntos.

Alusão ~> a

O professor fez alusão à prova final.

Atento ~> a, com

O motorista continua atento à sinalização. / É bom estar atento com questões desse tipo.

Aversão ~> a, por

Meu filho sempre teve aversão à política. / Era evidente sua aversão por lugares altos.

Benéfico ~> a, para

O remédio foi benéfico à sua saúde./ A reforma foi benéfica para todos.

Capacidade ~> de, para

O advogado tinha capacidade de defender o réu. / Sua capacidade para negociar era notável.

Certeza ~> de, em

A certeza de vê-lo animou-a. / Havia certeza em sua fala.

Constituído ~> de, por

O poder era constituído de grandes líderes./ A população paulista está constituída por várias raças.

Curioso ~> de, para

Este quadro é curioso de se ver. / Estávamos curiosos para vê-lo.

Dúvida~> em, sobre

A dúvida em recebê-lo era bem visível./ Anotou as dúvidas sobre a questão.

Empecilho ~> a, para

Não há empecilho à sua permanência. / Não encontrou empecilhos para ajudar no caso.

Favorável ~> a

O dirigente foi favorável à convocação do atleta.

Generoso ~> com

O público foi generoso com o artista.

Gosto ~> de, em

Sempre teve gosto de participar./ Não fazia gosto em casá-la cedo.

Grato~> a

Continua grato a todos os amigos.

Guerra ~> a, com, contra, entre

Prolonga-se a guerra à Iugoslávia. / Não houve mais guerra com armas químicas. / Iniciaram a guerra contra os inimigos./ Houve guerra entre os países vizinhos.

Junto ~> a, com, de

O recibo segue junto à última remessa de livros. / Junto com o material, encontrei este documento./ O cão só ficava junto de seu dono.

Necessário ~> a, para

Uma pausa é necessária à nossa recuperação. / A medida foi necessária para acabar com o conflito.

Oportunidade ~> de, para

Não houve oportunidade de conhecê-la melhor. / A oportunidade para falar já passou.

Preferível ~> a

Tudo era preferível à sua queixa.

Próprio ~> de, em

Tal atitude não é própria de pessoa educada./ Esta linguagem é própria em Direito.

Próximo ~> a, de

Vivia próximo ao centro da cidade./ Próximo de Amanda estava meu primo.


Até a próxima carona!

Tudo junto ou separado

O emprego do por que, por quê, porque e porquê.
Tudo junto ou separado



Portuga, isso dá uma confusão danada. Ou vejo os alunos utilizando somente uma forma para todas as ocasiões, ou os vejo utilizando de forma inadequada. Acho melhor prepararmos um resumo esperto para auxiliá-los. Percebam, aqui é importante aprender e entender as razões pelas quais utilizamos as diferentes formas. "Decorar não vai adiantar", já dizia minha professora do primário.

Como e quando utilizar o "Por que"

Por (preposição) + que (pronome interrogativo)

Usa-se em perguntas diretas e indiretas e equivale a “por qual razão”, “por qual motivo”.

Exemplos:

1 - Por que há poucas escolas no país?

(Por qual motivo há poucas escolas no país?)

2 - Não sei por que há poucas escolas no país.

(Não sei por qual razão há poucas escolas no país.)


Por (preposição) + que (pronome relativo) – pode ser substituído por “pela qual”

Exemplo:

1- A chance por que esperava é esta.

A chance pela qual esperava é esta.


Por (preposição) + que (conjunção integrante) – inicia oração subordinativa e pode ser substituída por "para que"

Exemplo:

1- Mostrou-se ansiosa por que déssemos a resposta.

Mostrou-se ansiosa para que déssemos a resposta.


Como e quando utilizar o "Por quê"

Usa-se somente no final de frases:

Exemplos:

1 - O avião não decolou por quê?

2 - Não estudou por quê?


Como e quando utilizar o "Porquê"

Emprega-se como substantivo, precedido de artigo ou pronome.

(Quando digo precedido de artigo, leia-se "o artigo vem antes")


Exemplos:

1- Indaguei o porquê da sua tristeza. (Precedido de artigo)

2 - Havia outro porquê para aquela decisão. (Precedido de Pronome)


Como e quando utilizar o
"Porque"

Funciona como conjunção coordenativa explicativa, conjunção subordinativa causal ou final. Equivale a “pois”, “uma vez que”, “já que”, “como”, “para que”, “a fim de que”


Exemplos:

1 - Não te atrases, porque este é o ultimo trem.

Conjunção coordenada explicativa (pois)


2 - A cobrança do pedágio foi reduzida porque houve reclamações.

Conjunção sub. causal (já que)


3 - Não o recrimine porque ele não se sinta culpado.

Conjunção sub. final (para que)


Até a próxima carona!

sábado, 11 de dezembro de 2010

O importante é escrever!



O importante é escrever. Quem escreve é levado a isolar-se da agitação, a pensar, a refletir. Aí está o mérito da redação. Quem escreve concentra-se, analisa, raciocina, critica, apresenta soluções próprias. Quem escreve dá valor a si mesmo, aprende a ver em profundidade, descobre o mérito relativo das coisas e põe às claras os enganos e os sofismas dos que nos pretendem ludibriar.

Escrever é o mais adequado meio para a formação de nossa personalidade, como seres livres, independentes, realizados intimamente. Escrever é lutar contra os que nos impingem idéias prontas, frases feitas para substituir nossos pensamentos e nossa linguagem. Pensemos nisso. Dediquemo-nos à redação, principalmente por esses motivos. A redação faz-nos meditar sobre a vida, sobre os homens e sobre nós mesmos. Leva-nos a ser mais humanos, a amar nosso semelhante, a respeitá-lo, a comunicar-nos com ele mais freqüentemente.

(in RIBEIRO, Manoel Pinto. Gramática aplicada de Língua Portuguesa. Ed.Metáfora, 2003.)

Tonicidade & Sílaba Tônica

"Professora, eu sempre confundo as paroxítonas com as oxítonas!"

A tonicidade (ou acento tônico), segundo o gramático Celso Cunha (2008), consiste no maior grau de força, ou intensidade, de uma das sílabas de determinada palavra. Assim: diretor, aluno, matetica. A sílaba acentuada, ou seja, a que se difere das outras por sua maior intensidade de som, recebe o nome de tônica. As demais, isto é, as que não apresentam acentuação sensível, são denominadas átonas.

As palavras são classificadas em: oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas de acordo com a posição da tonicidade que possuem.

Oxítonas: serão oxítonas as palavras que possuírem tonicidade na última sílaba. Exemplo: café, Niterói, funil.

Paroxítonas: serão paroxítonas as palavras que possuírem tonicidade na penúltima sílaba. Exemplo: escola, saída.

Proparoxítonas: serão proparoxítonas as palavras que possuírem tonicidade na antepenúltima silaba. Exemplo: lâmina, público, êxodo.

OBS: As palavras monossílabas, isto é, aquelas que possuem apenas uma sílaba, podem ser átonas e tônicas. As tônicas são pronunciadas fortemente como: flor, mau, mão, mês. As átonas são aquelas pronunciadas de forma fraca como: o pronome que; os artigos definidos (a, o, as, os); as conjunções (mas, nem, se, ... ); etc.

Com o fim da confusão, nos encontramos na próxima carona... ;}

Os Elementos da Comunicação

“A comunicação confunde-se com nossa própria vida, estamos a todo tempo nos comunicando, seja através da fala, da escrita, de gestos, de um sorriso e até mesmo através do manuseio de documentos, jornais e revistas”

Quando pensamos em comunicação, naturalmente pensamos que o ato de comunicar é simples. Acostumados e já programados para interagir através da comunicação, esquecemo-nos de elementos básicos sem os quais a comunicação não seria perfeita. Em cada ato de comunicação que realizamos, notamos a presença de elementos assim conceituados por R. Jakobson:

Emissor ou remetente: Aquele que deseja fazer comunicação, transmitir mensagem.

Destinatário: Aquele que recebe a mensagem transmitida pelo emissor ou remetente.

Mensagem: Aquilo que é transmitido, o conteúdo expresso pelo emissor ao destinatário

Canal de Comunicação: É o meio pelo qual a mensagem será transmitida (carta, jornal, televisão, telefone)

Código: A maneira pela qual a mensagem se organiza. O código é formado por um conjunto de sinais, organizados de acordo com determinadas regras, em que cada um dos elementos tem significado em relação com os demais. Pode ser a língua, oral ou escrita, gestos, código Morse, sons, etc. O código deve ser de conhecimento de ambos os envolvidos: emissor e destinatário.

Referente: É o contexto relacionado ao emissor e ao receptor.

"Como assim, professora?"

Ora, imagine-se na seguinte situação:

Você liga para o seu pai e diz: - Pai, você pode trazer um bolinho Ana Maria?

Teremos a seguinte identificação de elementos:

- Emissor: você (aquele que liga e transmite mensagem)

- Receptor: seu pai (aquele que recebe a mensagem)

- Mensagem: "Pai, você pode trazer um bolinho Ana Maria?"

- Código: língua portuguesa (Afinal, vocês utilizaram esse código para estabelecer comunicação)

- Canal: o telefone

- Contexto: a situação em si, do ato de fazer um pedido em tais condições.

Lembrem-se sempre que a partir do momento em que um desses elementos falha, a comunicação ou não acontece de fato ou não se completa. Imagine, por exemplo, se a ligação tivesse caído no momento da comunicação... certamente seu pai não saberia o que você deseja e seu pedido não aconteceria, colocando abaixo todo o processo.

Outro ponto interessante a se notar é que, na maioria dos casos, a comunicação não se dá entre pessoas que utilizam códigos distintos, visto que o código precisa ser combinado e reconhecido pelo emissor e pelo receptor. Já imaginou um brasileiro que não fala chinês tentando se comunicar com um chinês que não fala português em uma pastelaria? Fato que não daria certo!

Fique sempre atento aos elementos de comunicação, relembrando sempre a importância de cada um deles dentro do ato comunicativo.

Até a próxima carona!

Interpretação de Textos - Como fazer?

"Professora, esse texto é muito difícil!"

Essa frase foi muitas vezes repetida ao longo desse ano. Por isso, merece uma atenção super especial. Ora, será que o texto é realmente muito difícil, ou estamos percorrendo um caminho ineficaz para a compreensão "delezinho"? A verdade é que ler não implica necessariamente interpretar.

Muitas vezes, diante de uma produção textual, cometemos um engano ao pensarmos que interpretar um texto é apenas decodificar aquilo que está escrito. Ao contrário desse pensamento de abordagem superficial de ler as linhas, interpretar um texto é percorrer um caminho que vai além dos elementos textuais visíveis.

A busca pelo entendimento “do que o texto diz” é incompleta. É necessário entender o que o texto diz, por qual motivo diz e como diz. Dessa mesma forma, também torna-se “importante informar-se a respeito das condições de produção em que se deu um texto ou reconhecer quem é o autor, e saber que, ao escrever, teve certas intenções”.

Para que possamos chegar a essas informações, é necessário reconhecer:

Os elementos pré-textuais ou fatores de contextualização¹:

São fatores periféricos ao texto em si que servem para situar o leitor. Informam data, local, assinatura, elementos gráficos, imagens, título, autor. Através dessas informações, podemos estar mais próximos de entender o que o texto representa ou representou no momento em que foi inserido e o modo como foi organizado.

O contexto:

O contexto é o momento histórico e social em que o texto foi produzido. Saber a época e o que estava acontecendo no momento de produção pode ser fundamental para interpretação de uma obra. É importante que se compartilhe esse conhecimento de mundo para que seja possível entender a intencionalidade comunicativa de determinado texto. A noção do contexto ajuda o leitor a reconhecer e entender a trajetória de ideias de um determinado autor ou época, importantes também para entender a existência do texto e da temática existente nele.

O texto:

Finalmente é preciso considerar o texto e o modo como foi organizado. Percebê-lo enquanto organização sintática (como as frases foram organizadas), manifestação semântica (sentido, significado), modo estrutural (como o texto foi apresentado). Para isso, é preciso ter o domínio da língua e reconhecer seus sentidos.

“Deve-se tentar descobrir as varias técnicas de comunicação que o sistema lingüístico coloca a serviço do enunciador de um texto que vão ou não ser reconhecidas pelo leitor”². Deve-se analisar se o texto pretende emocionar, argumentar, causar riso ou terror, informar. A que publico tem destino, que impacto possui, etc.

Ao reconhecermos esses elementos, certamente teremos mais habilidades para interpretar um texto e reconhecer a intenção de quem o produziu. A partir de uma interpretação mais segura, também estaremos mais preparados para gerar uma visão crítica e construtiva diante de uma produção.

"Ler um texto é tentar decifrá-lo, mas se considerarmos que o próprio mundo está impregnado de linguagem, a própria realidade pode ser considerada como uma grande biblioteca cheia de textos à espera de quem os decifre"



[1] KOCH, Ingedore Villaça, TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. São Paulo, Contexto, 2004.

[2] PAULIUKONIS, Mª Aprecida. O texto como objeto de estudo nas aulas de português. In: VIEIRA, S.R. & BRANDÃO S.(Orgs ) Morfossintaxe e ensino de português:reflexões e propostas. R.J. Faculdade de letras, 2004:255-272

Apresentação

Criada na década de 60 e em total processo de expansão e aperfeiçoamento, a internet configura-se como aberta e inovadora, sendo principal ícone da modernidade. Através dela, somos capazes de nos deparar com todo o tipo de informação. Com essa abertura, temos também acesso a vários ambientes diferentes que comportam inúmeras pessoas, dividindo experiências e interligando culturas.

Nesse mundo de informações, as oportunidades são imensas e elas vêm em forma de aplicações que facilitam as atividades diárias. Essas aplicações são bastante variadas, atingem várias áreas e têm diferentes finalidades. Na área da educação, a internet serve tanto a professores quanto a alunos, ao passo que vira instrumento de aproximação entre eles, facilitando também o processo de pesquisa e de ensino-aprendizagem. Por isso, blogs educativos e sites escolares servem não só para atualizar pais e alunos sobre os procedimentos e as grades curriculares, mas também para reforçar e reafirmar as práticas que são exercidas dentro da sala de aula e da escola de um modo geral.

Nessa conjuntura, O "Na carona do Portuga" é um blog inspirado na prática de uma professora que visa facilitar e auxiliar seus alunos através da rede. Aqui serão postados resumos de aulas, textos de apoios, conceitos, revisões e demais elementos que perpassam suas práticas. Ao longo do tempo, aguardamos fazer parcerias com professores que procuram o mesmo objetivo, formulando assim, uma equipe.

Um beijo e Boa viagem,

Talita